Os piores e os melhores motivos para perseguir o domínio da língua inglesa

Falar um novo idioma é um exercício de hábito que se torna fácil com o tempo.

No entanto, perseguir fluência na língua inglesa sem motivos fortes pode tornar a jornada curta, o que não é ideal.

Como dizia um famoso filósofo – e vilão da Marvel – “as escolhas mais difíceis requerem as motivações mais firmes.” (Thanos) Nisso eu acrescentaria que quanto mais firmes as motivações, mais fácil se torna perseverar na busca de qualquer objectivo.

Uma pergunta que faço a todos estudantes no primeiro dia de aula é: por que queres aprender inglês? Ao longo de 3 anos tive muitas respostas diferentes. Algumas boas, outras não muito.

A principal lição é que existe uma relação directa entre motivo e resultado. Bons motivos mantêm estudantes aprendendo por mais tempo e com maior determinação e maus motivos formam desistentes.

 Abaixo apresento três (3) maus motivos mais comuns. Note, contudo, que um mau motivo pode ser substituído por um mais firme.

Motivo 1: quero aprender inglês porque quero viajar pelo mundo

Querer viajar é uma boa ambição mas ambicionar fluência para satisfazer essa pretensão não costuma funcionar muito.

Vivemos a maior parte da nossa vida no mesmo lugar. Espera-se que nossas habilidades sejam afiadas para o dia-a-dia. O esforço necessário para aprender inglês não parece compensar uma actividade ocasional como viajar.

É como tirar um curso de fotografia profissional porque queremos tirar umas férias num país exótico. Simplesmente não parece um investimento eficiente de tempo e energia.

Motivo 2: quero falar inglês para conversar com meu/minha companheiro (a)

Em geral, duas ou mais pessoas conversam na língua em que são mais fluentes. Ao longo dos anos, tive estudantes que disseram “meu marido fala, mas não aceita praticar comigo”.

Embora pareça maldoso, quase nunca uma pessoa fluente está disposta a apoiar alguém próximo a praticar porque no dia-a-dia requer-se que a comunicação seja clara e eficiente. Conversar com uma pessoa menos fluente causa ruído e comunicação ineficiente. Por isso, simplesmente recomenda-se que a pessoa que deseja aperfeiçoar, encontre uma escola para o efeito exclusivo de praticar.

Como professor, posso dizer que praticar conversação com estudantes não é a coisa mais natural do mundo. Requer ter ouvido para conteúdo e sua forma, tomar notas, dar sugestões e monitorar progresso. Praticar não é nada como ter uma conversa verdadeira, embora às vezes esse pareça o caso.

Motivo 3: quero aprender inglês porque gosto de como a língua soa

Nada indica que se está diante de um estudante iniciante do que este motivo fraco. É que embora gostar de como uma língua soa seja bom, não é motivo suficiente para permanecer na jornada de dominá-la.

Ao longo do tempo, ouvir inglês torna-se tão corriqueiro que rapidamente deixamos de considerar “gostar de como a língua soa” motivo forte o bastante para continuarmos a aprender.

Mas posso compreender que alguém comece assim e evolua para motivos mais firmes.

Falando em motivos firmes, eis alguns:

  • Aprender para alavancar a carreira
  • Aprender para estudar no estrangeiro
  • Aprender para expandir oportunidades de negócio

Não vou percorrer cada um, mas espero que vejas o que eles têm em comum. Todos têm em vista catapultar um aspecto importante da vida.  Com isso não quero dizer que não se possa aprender uma língua por puro hobby. Pode-se e na verdade foi assim comigo. Comecei cedo apenas porque gostava do charme (e ainda gosto), mas hoje – aos 30 anos – permaneço aqui para explorar as diferentes formas de usar a língua para continuar a crescer pessoal e profissionalmente.